¿O que é Urban Roosters, o criador da FMS Brasil?

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A história começa em Logroño, onde Asier Fernandez cresceu e descobriu o rap. Seu espírito rebelde conectou imediatamente com a mensagem contestatária da música. Mais tarde, após uma juventude com altos e baixos, onde até mesmo deixou os estudos por um tempo, ele acabou estudando publicidade na Universidade de Segóvia e também começou a se formar em design gráfico. Já trabalhando em algumas agências, conheceu um jovem brasileiro com quem formaria uma dupla em vários projetos: Pedro Henrique de Oliveira Gomes. Foi assim que nasceu a dupla que até hoje lidera a Urban Roosters.

Em 2010, conceberam um projeto chamado Red Bull Urban Roosters, que consistia em criar uma plataforma para a comunidade do freestyle onde o usuário pudesse praticar e competir digitalmente. A empresa de bebidas os ignorou, mas eles continuaram apresentando o projeto, porém nenhuma marca o aceitou. No entanto, não desistiram e continuaram trabalhando no projeto nos seus tempos livres com amigos e colegas da agência.

Em 2014, venceram o Zinc Shower, o que lhes garantiu projeção midiática e a chegada do primeiro investidor, que iniciou o caminho que culminou na Urban Roosters de hoje.

Naquele momento, receberam outro impulso: foram selecionados pela Startup Chile, uma das maiores incubadoras do mundo. A equipe mudou-se para o Chile por oito meses para continuar impulsionando o projeto e lá estreitaram laços com as principais competições de freestyle latino-americanas.

Também foi no Chile onde nasceu a FRF (Freestyle Rap Federation), a entidade que reúne as principais competições de freestyle com o objetivo de profissionalizar a disciplina. A ideia de uma liga profissional já começava a rondar. O caminho, ainda digital em seu conceito, era aprender, praticar, competir e poder chegar à elite através da plataforma da Urban Roosters.

Um dos primeiros grandes projetos foi o 100% Freestyle, que consistia em gravar one-shot à câmera com os principais freestylers do mundo hispanófono. Os primeiros foram Chuty e Arkano, e tiveram uma grande recepção no mundo do freestyle. Aos poucos, todos os freestylers de língua espanhola queriam gravar o seu. Em pouco mais de um ano, mais de cem foram gravados. Enquanto isso, o canal do YouTube da Urban Roosters também se alimentava de desafios e entrevistas com alguns dos principais expoentes do rap em espanhol, como Violadores del Verso. A partir de 2014, começaram a organizar suas primeiras competições presenciais, como In-Da-Hood, Burning Hood, Cervantes en rap, e muitas outras.

Chegava o ano de 2017 e a ideia de liga (sob o nome de Freestyle Master Series ou FMS) finalmente tomava forma. No freestyle não havia nenhuma competição profissional que fosse realizada com constância, em formato de liga. A maioria das competições importantes eram realizadas uma vez por ano, como Red Bull ou BDM. Além disso, o condimento das promoções, rebaixamentos e playoffs tornava-se algo muito atraente. Desta forma, pela primeira vez na história, poderiam ser pagos salários fixos aos competidores.

Junto com a liga, que começou na Espanha naquele ano, depois na Argentina no ano seguinte, depois no Chile e no México, Peru, Colômbia, Caribe e finalmente FMS Brasil por enquanto.

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